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Estando para ser completados
100 anos em 1988, da "Abolição
da Escravatura" no Brasil, dirigiu-se o poeta
e escritor Prof. Ildásio Tavares ao compositor
Lindembergue Cardoso, solicitando a sua parceria para
a composição de uma ópera, a
partir de libreto de sua autoria, que teria sido criado
para ser apresentado como uma peça intitulada
"O Barão de Santo Amaro", e que falava
do tema em questão, e logo a idéia foi
assimilada por Lindembergue. Após muitos cafezinhos
e reuniões (papos) com sugestões de
ambas as partes, na cantina da Escola de Música,
ficou pronta a obra genuinamente brasileira, cantada
em português e iorubá.
Mas
não houve interesse do poder constituído
naquela ocasião, e foi negada a alegria ao
compositor, de ver a sua obra apresentada ao público,
para o qual foi composta.
Alguns
anos depois, em 1995, após novos entendimentos
e interesse mútuo demonstrado entre governo
do estado, na administração do Dr. Antônio
Carlos Magalhães, sendo secretários
de estado Paulo Gaudenzi Rodolfo Tourinho e autores
da obra, acontecia a estréia a 29 de junho
no Teatro Castro Alves, sob a regência do Mo.
Júlio Medaglia, quando estiveram presentes
além de autoridades, convidados especiais de
Salvador e de outros estados, tais como Marília
Gabriela, Ricardo Boechat, Nizan Guanais, Milton Gonçalves,
já tendo sido porém realizada uma récita
inicial para alunos da rede pública de ensino.
Foram realizadas mais três récitas, nos
dias 30 de junho (data de nascimento do compositor),
2 e 3 de julho/95. Ela foi apresentada também
no Teatro Nacional - Brasilia (DF), e no Teatro Municipal
de São Paulo (SP).
No
ano de 1996, dessa vez em um outro contexto, com nova
montagem de cenário e novo figurino, foi encenada
em um palco armado na Lagoa do Abaeté, em duas
récitas, dias 1 e 2 de julho, ainda sob a regência
do Mo. Medaglia.
Ouça
trecho da Ópera Lídia de Oxum
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